Sua carreira do seu jeito: as mulheres como protagonistas de suas histórias.

Deborah  Abi-Saber, Conselheira Estratégica da Gria, conta como moldou sua carreira a seu modo e encontrou seu verdadeiro propósito de...

  • Bárbara Gomes
  • março 8, 2023

Você já se perguntou qual é seu propósito de vida ou o quanto esse propósito está alinhado à
carreira que exerce? Porque se queremos tomar as rédeas da nossa história, é preciso termos
consciência de onde estamos e de onde pretendemos chegar. O “como” fica muito mais fácil
quando definimos nossa direção.

No dia 6 de março, convidamos Deborah Abi-Saber – Conselheira da Gria, para um bate-papo
sobre carreira. Uma conversa riquíssima sobre o potencial que nós, mulheres, temos de
protagonizar nossa história, mesmo em meio a tantos desafios que enfrentamos em nossa
jornada profissional.

Deborah carrega consigo uma história muito contributiva em empresas como BTG, Nubank, Red Bull e Gria, onde atua como membro do Conselho Estratégico. Iniciamos a conversa perguntando a ela
se consegue destacar algum marco que traçou sua carreira. Ela compartilha que dentre alguns,
vale lembrar da importância de contar com boas lideranças, que inspiram e encorajam outras
mulheres a extrair o melhor de si. E ressalta: “Se você é mulher e exerce uma função de liderança,
você tem a missão de, no mínimo, apoiar outras mulheres para que se tornem líderes também.
Dar voz a uma mulher, em um ambiente corporativo, é uma das maiores contribuições que você
pode fazer para empoderá-la.”

E falando em liderança, perguntamos: “Deborah, em sua trajetória, tem alguma característica
em comum que você tenha observado nessas mulheres que te lideraram e fizeram toda a
diferença na sua construção profissional?”. Ela diz que pode pontuar 2 características: a empatia,
ou seja, o olhar cuidadoso para as necessidades do time, entendendo cada contexto, qual o tom
de voz adequado para diferentes grupos. E a paixão em impactar positivamente a vida de outras
pessoas.

Ao questionarmos à Conselheira da Gria se ela considera ter moldado sua carreira, ela afirma
estar em constante evolução, mas considera que sim. Afinal, ela entendeu quais os seus
propósitos – dentre eles, principalmente o de estar sempre pronta a aprender. Deborah
complementa: “Cargo, status e salário são importantes, mas são apenas consequência de uma
carreira alinhada a um propósito”.

Que nós, mulheres, somos cobradas em todas as esferas, disso já sabemos. Essa cobrança em
excesso, muitas vezes, é responsável por nos culpabilizarmos e questionarmos se somos “boas”
o suficiente para estarmos onde estamos. Considerando isso, perguntamos à Deborah se ela
acha que autoestima interfere na carreira de uma mulher, e foi quando ela trouxe à tona o
resultado de algumas pesquisas, que apontam: quando um homem se depara com uma vaga de
emprego, mesmo que ele possua apenas 10% dos requisitos esperados, ele se vê capaz de se
candidatar àquela vaga. Já uma mulher, embora preencha 100% dos requisitos exigidos pela
vaga, ela ainda se questiona se tem potencial para concorrer à oportunidade. “Isso diz muito sobre como podemos nos sentir inseguras mesmo sendo extremamente competentes” Por isso, Deborah conta que sempre investiu em autoconhecimento, sobretudo. Porque, afinal, ela entendeu que não duvidar do seu potencial, seria crucial para que
ela continuasse conquistando seus ideais.

Por fim, aproveitamos o tema para perguntarmos o que Deborah aconselharia, além de investir
em autoconhecimento, para mulheres que não confiam em si mesmas como deveriam, mas por
outro lado, sonham com uma carreira bem-sucedida. Ela compartilhou a importância de avaliar
a cultura do ambiente onde se trabalha, ter o hábito de levantar reflexões como “aqui eu sou
ouvida?”, “vejo espaço para crescer onde estou?” e “eu posso ser quem sou?”. “Ser
inconformista por todas as empresas onde passei me tornou quem sou hoje”, diz Deborah. Isso,
sem dúvidas, contribuirá para que se sinta mais confiante como profissional. Ela complementa:
“Não precisamos mais nos diminuir para caber em rótulos, questionar-nos consistentemente é
fundamental para termos clareza sobre estarmos no lugar certo”.

E você, tem dirigido sua carreira à sua maneira? Se não, talvez seja o momento de parar, rever
seu propósito e recalcular a rota, para que, assim como a Deborah, você sinta estar fazendo “a
coisa” certa.

Como a própria Deborah disse, ”você não precisa ter cargo X para fazer grandes coisas, você precisa ter intencionalidade naquilo que faz”.

Saiba exatamente onde quer chegar, acredite no seu potencial e trabalhe intencionalmente para
cumprir seu propósito.

Sua história, é você quem faz!

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